KENTLEY - Devo me desculpar pelo David. Não sei por que demora tanto.
BRANDON - O David é bastante popular.
JANET - Vou ajudar. Branca ou escura?
PHILIP - Um pouco das duas para a Sra. Atwater.
JANET - E você?
PHILIP - Não como isso.
JANET - Que estranho. Não conheço ninguém que não coma frango. (a Brandon) Conhece, Brandon? Deve conhecer? (a Philip) Por que não come?
PHILIP - Não como.
JANET - Deve haver um motivo. Freud diz que há uma explicação para tudo, até para mim.
PHILIP - Não tem motivo.
RUPERT - Se me lembro, tem um motivo engraçado. Não é, Brandon?
JANET - Sabia que teria de haver um. O que foi?
PHILIP - Não é nada de mais.
RUPERT - É bastante fascinante.
JANET - Conte, por favor.
BRANDON - Aconteceu há três anos em Connecticut. Minha mãe tem casa lá. Íamos comer galinha e fomos até a fazenda. Era uma bela manhã de domingo de primavera. No vale ouviam-se os sinos da igreja tocando. No quintal o Philip torcia o pescoço de três galinhas.
JANET - Minha nossa!
BRANDON - Uma tarefa que realizava com eficiência. Nessa manhã seu toque estava delicado demais, pois uma das galinhas de repente se rebelou. Como Lázaro, ressuscitou.
PHILIP - É mentira! Não é verdade. Nunca estrangulei uma galinha. Nunca estrangulei uma galinha!
JANET (rindo) - Perdão, mas é engraçado ficarem alterados por uma galinha morta.
BRANDON - Desculpem, fomos ridículos e muito rudes. Peço desculpas em nome dos dois pela estória.
RUPERT - Já acabou tudo?
BRANDON - Temo que sim.
RUPERT - Que pena. A certa altura poderiam ter-se estrangulado um ao outro.
ATWATER - Sr. Cadell, essa agora.
RUPERT - A honra de um homem está em jogo. Pessoalmente, galinha é um motivo tão bom para assassinato como uma loura, um colchão recheado de dinheiro ou qualquer motivo menos imaginativo.
ATWATER - Mas você não é a favor de assassinato.
RUPERT - Eu sou. Pense nos problemas que resolveria: desemprego, pobreza, fila para comprar ingresso no cinema.
ATWATER - Devo dizer que foi tão difícil conseguir ingresso para o musical... Como se chama? Você sabe.
ATWATER - Uma coisa com aquela pessoa.
RUPERT - Querida Sra. Atwater, aplique cuidadosamente o dedo no gatilho e ganha duas entradas na primeira fila. Tem dificuldade para entrar nos seus finos restaurantes?
ATWATER - Horrível.
RUPERT - Uma questão simples. Uma espetada com a faca, e passe logo para cá. Não, pule o corpo do garçom. Obrigado, aqui está a sua mesa.
ATWATER - Rupert, você é demais. Tem um recepcionista no hotel que eu adoraria espetar.
RUPERT - Desculpe. Não se pode usar facas em funcionários do hotel, estão na categoria "Morte lenta por tortura". Junto com namoradinhos, crianças e sapateadores. Proprietários seria outra estória. Procurando por um apartamento? Ligue para a Sra. Guilhotina, do Departamento de Instrumentos Afiados.
ATWATER - Que idéia divina! Se consegue o que quer... Mas todos estaríamos nos matando.
RUPERT - Afinal de contas, assassinato é, ou deveria ser, uma arte. Não uma das sete principais, mas uma arte. E como tal, o privilégio de cometê-lo reserva-se aos poucos indivíduos que são superiores.
BRANDON - As vítimas: seres inferiores em importância.
RUPERT - Obviamente. Cuidado, eu não sou dos extremistas que acham que deveria haver uma temporada aberta ao assassinato o ano todo. Pessoalmente eu prefiro a "Semana Corta Garganta" ou o "Dia do Estrangulamento".
KENTLEY - Talvez seja a idade chegando, mas devo dizer que não gosto desse humor mórbido.
RUPERT - O humor não foi intencional.
KENTLEY - Está falando sério?
BRANDON - Claro que está.
KENTLEY - Estão brincando comigo.
BRANDON - Por que acha isso?
KENTLEY - A idéia de assassinato ser uma arte restrita a poucos seres superiores.
RUPERT - Na temporada.
KENTLEY - Sei que não fala sério.
RUPERT - Falo. Sou uma pessoa séria.
KENTLEY - Quem decide se um ser é inferior e, como tal, uma boa vítima?
BRANDON (acendendo um cigarro) - Quem tem o privilégio de matar.
KENTLEY - Quem seria?
BRANDON - Eu, o Philip, talvez o Rupert. Desculpe, Kenneth, ficou fora.
KENTLEY - Falo sério.
BRANDON - Nós também. São alguns com superioridade intelectual e cultural que estão acima dos conceitos morais tradicionais. Bem e mal, certo e errado foram inventados para o homem comum, o ser inferior precisa disso.
KENTLEY - Então concorda com Nietzsche e a teoria do super-homem?
BRANDON - Concordo.
Hitler também.
BRANDON - Hitler foi um selvagem paranóico. Seus super-homens fascistas eram assassinos dementes. Enforcaria todos que restassem, mas mais por serem imbecis. Enforco os incompetentes e tontos. Há tantos.
KENTLEY - Devia me enforcar. Sou tão burro que não entendo se falam sério ou não. De qualquer maneira, não quero mais ouvir. Me perdoe... Seu desrespeito pela humanidade e pelos padrões do mundo civilizado.
BRANDON - Civilizado? Civilização pode ser hipocrisia.
KENTLEY - Talvez.
BRANDON - Rupert certamente...
RUPERT - Cavalheiros...
BRANDON - ...tem inteligência e imaginação.
KENTLEY - Agora já chega.
RUPERT - Philip, onde colocou os livros para o Sr. Kentley? Gostaria de vê-los.
BRANDON - Estão na sala de jantar.
PHILIP - Sr. Kentley, gostaria de ver os livros agora?
BRANDON - Perdão. Novamente acho que me deixei levar pelo assunto.
KENTLEY - Não tem problema.
PHILIP - É uma boa coleção. As primeiras edições.
KENTLEY - Gostaria de vê-los. Posso usar o telefone? Gostaria de falar com minha esposa, talvez saiba algo do David.
PHILIP - Claro, por aqui.
Philip e Kentley saem de cena.
RUPERT - Foi muito categórico no seu ponto de vista. Você está pensando em liquidar uns tantos inferiores?
BRANDON - Sou uma pessoa de caprichos. Quem sabe?
RUPERT - Entendo.
Rupert sai de cena.
BRANDON - Sra. Atwater, gostaria de ver os livros?
ATWTAER - Adoraria. Quando criança lia muito.
BRANDON - Todos fazemos coisas estranhas na infância. (Atwater sai de cena) Kenneth, ligue o rádio ou coloque um disco. Uma música ambiente ajuda muito.
Kenneth faz o que Brandon sugeriu.
JANET (atira com raiva um guardanapo sobre o prato) Ele é perverso, não é? Nos reunindo com música lenta.
KENNETH - Não ligue para ele, sempre faz essas coisas.
JANET - Vou à outra sala.
KENNETH - Ver os livros?
JANET - Deixar que Brandon me veja.
KENNETH - Importa-se com o que pensa?
JANET - Sei o que ele pensa. Acha que te troquei pelo David porque ele tem uma bela conta bancária.
KENNETH - Então por que vai?
JANET - Porque... Tenho vergonha de ficar aqui com você. (ele ri) Nunca imaginou que eu ficasse envergonhada?
KENNETH - Sinceramente não.
JANET - Fico e não gosto nada disso. Você devia ter a decência de ficar também.
KENNETH - Por quê?
JANET - Você desistiu de mim, lembra-se? Brandon adoraria saber disso. O que foi?
KENNETH - Nada, estou pensando.
JANET - Sobre o quê?
KENNETH - A vaidade feminina.
JANET - Também estou envergonhada porque...
KENNETH - Fale.
JANET - Você e o David eram ótimos amigos. Não são mais por minha culpa. Sou uma idiota.
KENNETH - Não é.
JANET - Então estou imitando uma. Por que dou uma de esperta com todos menos com o David?
KENNETH - Não brinca assim com o David?
JANET - Com o David fico mais calma. Graças a você.
KENNETH - A mim?
JANET - Naquele domingo feio em Harvard, quando você acabou tudo, o David e eu fomos caminhar. Eu estava muito chateada, não dava pra fingir que estava feliz. Me acalmei e deixei tudo fluir, meu eu verdadeiro. Ouviu essa frase? Pego-me dizendo estas coisas. Onde estará o David?
KENNETH - Não sou muito esperto.
JANET - Por quê?
KENNETH - Nunca tinha percebido que você... O Brandon e sua música ambiente. Você se apaixonou pelo David, não? Não entendo.
JANET - O quê?
KENNETH - O Brandon fez uma piadinha quando entrei. Disse que eu e você agora teríamos uma chance, sem o David.
JANET - Espere. O Brandon sabia sobre você e eu?
KENNETH - Até sabia sobre você e o David.
JANET - Como? Ele fingiu que não sabia.
KENNETH - O que está acontecendo?
JANET - Não sei, mas vou descobrir de uma vez. (A Brandon) Pode vir aqui um momento? (a Kenneth) Por que ele não tira as mãos das pessoas? (A Brandon) O que está tramando exatamente?
BRANDON - Ia trazer-lhe um café.
JANET - Corta esse charme. Por que disse que ele não precisava se importar comigo e com o David?
BRANDON - Não disse isso.
JANET - Foi o que quis dizer, quero saber por quê.
BRANDON - Muitas mulheres são charmosas quando bravas. Você não.
JANET - Corta essa.
BRANDON - O cavalheiro exibe seu lado feio.
JANET - Não acredito que o David venha.
BRANDON - Espere e verá.
JANET - Não preciso, ele nunca se atrasa. Se algo tivesse acontecido, ele telefonaria. Acho que você deu um jeito para ele não aparecer.
No segundo plano, vê-se Rupert acompanhando a conversa, intrigado.
BRANDON - Como sou inteligente!
JANET - Eu devia saber que não daria uma festa só ao Sr. Kentley. Tem de fazer algo que apele a seu senso de humor torpe. Espero que esteja divertindo-se, eu não estou.
Janet e Kenneth saem em direção a outra sala. Rupert entra em cena, trazendo consigo dois pratos de sobremesa.
RUPERT - Algo saiu errado?
BRANDON - A Janet tem o dom de ser chata às vezes. Porém, acho que eu devia... O que quis dizer com "saiu algo errado"?
RUPERT - Sempre planeja bem as suas festas, é estranho ver algo dar errado.
BRANDON - Ela está dando pela falta do David.
RUPERT - Na verdade, começo a sentir falta dele também.
BRANDON - Não sentimos todos?
Wilson entra na sala. Brandon vai para a outra sala.
WILSON - Duas sobremesas?
RUPERT - Uma para você e uma para mim, amor.
WILSON - (sorrindo) Sr. C.
RUPERT - Parece-me que os outros não querem sorvete.
WILSON - Eles precisam de algo refrescante. É uma festa peculiar. Não que me surpreende.
RUPERT - Por que não?
WILSON - Podia ter previsto isso antes. Acordaram com o pé esquerdo, passaram o dia todo alterados.
RUPERT - O Sr. Brandon diz que sempre fica assim quando dá uma festa.
WILSON - Seria a primeira vez que vejo. Geralmente eu preparo tudo. Olhe só para isso, mal comeram o frango.
RUPERT - O que foi tão diferente hoje?
WILSON - O que não foi? O Sr. Brandon estava apressado para que eu arrumasse a mesa. Estava bonita. Mas quando saí para fazer compras, de repente me disse para tirar a tarde toda de folga. A tarde toda de folga depois da correria de manhã?
RUPERT - Ele disse por quê?
WILSON - Acho que deu na veneta. Quando voltei, ele e o Sr. Philip estavam discutindo.
RUPERT - Sobre o quê?
WILSON - Mesmo que eu soubesse, acha que eu contaria?
RUPERT - Espero que sim.
WILSON - Eu não. Sou como um túmulo. Depois de tirar tudo isto, tenho de tirar os livros da mesa, trazê-los aqui e guardá-los no baú, onde estavam antes.
RUPERT - Por que colocou os pratos aqui?
WILSON - Não foi idéia minha, coloquei tudo na sala de jantar e estava bem bonito.
Philip aparece e vê Rupert conversando com Wilson, ela apontando para o baú e se aproxima.
PHILIP - Está reclamando da mesa e como é ruim servir daqui? É muito mais conveniente. As pessoas não precisam ir à sala de jantar para pegar a comida e voltar aqui para comer.
WILSON - Parece que foram para lá comer a sobremesa e tomar o café.
PHILIP - Sra. Wilson, por favor, sirva os convidados. Não dê sermão.
Philip vai até o piano e começa a tocar.
WILSON - Levantou-se com o pé esquerdo, não?
Wilson pega uma bandeja e sai de cena. Rupert aproxima-se de Philip.
RUPERT - Estou numa posição embaraçosa.
PHILIP - Como assim?
RUPERT - Parece que só eu me divirto.
PHILIP - A Sra. Atwater também.
Rupert acende o abajur próximo ao piano.
RUPERT - O que está havendo?
PHILIP - Importa-se de apagar isso?
RUPERT - Desculpe-me. (apaga o abajur)
PHILIP - Não gosto de tocar com a luz nos olhos.
RUPERT - Sabe, Philip. Fico intrigado quando as pessoas não respondem às perguntas.
PHILIP - Você me perguntou algo?
RUPERT - Sim, perguntei.
PHILIP - O que foi?
RUPERT - Perguntei o que está havendo aqui.
PHILIP - Uma festa.
RUPERT - Mas uma festa bem peculiar. Do que se trata?
PHILIP - Do que se trata? Pare de brincar de detetive. Quer saber algo, fale logo! (pára de tocar)
RUPERT - Nervos, nervos... Não pare.
PHILIP - Quero um drinque.
RUPERT - Pego para você. Continue tocando. O que gostaria? Uísque?
PHILIP - Conhaque.
RUPERT - Gosta dessa música, não é? Gostaria de lhe perguntar francamente o que quero saber. Infelizmente não sei de nada, simplesmente suspeito.
PHILIP - Disse...
RUPERT - Eu ouvi. Serve?
Rupert entrega o copo a Philip, que bebe um gole e apóia o copo sobre o piano.
PHILIP - Obrigado.
RUPERT - Usa isto?
PHILIP - Às vezes.
RUPERT - Pensei que era para principiantes. Devo dizer...
PHILIP - Pronto, eu pergunto. Do que suspeita?
RUPERT - Esqueci-me. Onde está o David?
PHILIP - Não sei. Por quê?
RUPERT - Brandon sabe?
PHILIP - Ele sabe?
RUPERT - Não sabe?
PHILIP - Não que eu saiba.
RUPERT - Ora essa.
PHILIP - Não sei. Pergunte ao Brandon.
RUPERT - Perguntei. Está ocupado demais com os dois outros cantos do triângulo.
PHILIP - Para quê? O que Brandon quer fazer com a Janet e o Kenneth? (ri)
RUPERT - Do que ri?
PHILIP - De nada.
RUPERT - Foi uma pergunta assim tão absurda?
PHILIP - Não há nada acontecendo.
RUPERT - Hoje você está mais que de costume, alérgico à verdade. É a segunda vez que não me diz.
PHILIP - Obrigado. Quando foi a primeira vez?
RUPERT - Disse nunca ter estrangulado uma galinha.
PHILIP - Está confuso. O Brandon inventou aquela piada sem graça.
RUPERT - Não inventou. Se analisar com cuidado, verá que sei que não inventou. Um ano atrás, eu estava na fazenda, lembra-se? Numa manhã eu o vi exibindo sua habilidade. Que eu me lembre, é um bom estrangulador de galinhas.
PHILIP - Só disse que a estória do Brandon não era real, não disse que não matei nenhuma.
RUPERT - Foi o que disse.
PHILIP - Não achei que o assunto fosse apropriado durante o jantar.
RUPERT - Podia ter dito isso.
PHILIP - Está bem, não disse.
RUPERT - Não está comendo. Por que mentiria para mim?
PHILIP - Não gosto de falar de...
RUPERT - De quê?
PHILIP - Não posso mais.
Brandon e Kentley surgem, com alguns livros, indo em direção ao baú.
BRANDON - Quero que os leve.
KENTLEY - É muita gentileza.
BRANDON - Sei que aprecia as primeiras edições mais que eu.
Philip se exalta, pára de tocar e levanta-se, transtornado.
RUPERT - O que foi? O que foi, Philip? Não quer dar os livros ao Sr. Kentley?
PHILIP - Não. Digo, não me importo. Só...
RUPERT - O quê?
PHILIP - Estão mal amarrados, só isso.
KENTLEY - O David nunca teve problemas para cuidar de si. Não consigo entender. Quando se atrasa, ele liga.
JANET - Sempre exigiu que eu fosse mais pontual.
KENTLEY - E deveria ser.
JANET - Hoje nem me reconheceria. Sou uma nova mulher, pontual como um relógio.
ATWATER - Isso não é feminino.
JANET - Talvez, mas escolho boas maneiras ao invés de feminilidade.
ATWATER - Parece papai falando.
Philip vai até a mesa servir-se de mais um copo.
BRANDON - Calma, Philip.
PHILIP - O Rupert está desconfiado.
BRANDON - Não está. Acalme-se.
PHILIP - Tome um drinque, Brandon.
BRANDON - Já bebeu muito.
PHILIP - Tire a mão do meu braço. Nunca mais me diga o que devo ou não fazer. Não gosto.
BRANDON - Fale baixo.
Rupert aproxima-se.
RUPERT - Espero não ter aborrecido o Philip.
BRANDON - Está só misturando as bebidas.
RUPERT - Você me parece nervoso também.
BRANDON - Pareço?
RUPERT - Sim. Algo está preocupando muito vocês dois. Algo...
Wilson os interrompe.
WILSON - Com licença, senhores. Uma senhora ao telefone para o Sr. Kentley ou a Sra. Atwater.
ATWATER - Deve ser Alice. Eu falo com ela, Henry.
WILSON - No final do corredor, à esquerda.
ATWATER - Obrigada.
WILSON - O primeiro quarto.
Atwater sai.
Vemos o baú e a Sr. Wilson tirando os pratos de cima dele e trazendo de volta os livros. Ouvimos apenas as vozes no seguinte diálogo.
JANET - Sr. Kentley, o David poderia estar em casa?
KENTLEY - Não sei, Janet. Espero que sim.
RUPERT - Não quero os assustar, mas se estivesse em casa, teria telefonado, e não a Sra. Kentley. Não acha, Brandon?
BRANDON - Não saberia dizer.
RUPERT - O David de que me lembro é muito educado e pontual.
JANET - Ele não mudou.
KENTLEY - Claro. Se não está em casa, onde poderia estar?
JANET - Não me pergunte, não sei.
BRANDON - Pode estar em mil lugares.
JANET - Onde?
BRANDON - Num clube... Os Bradley estão dando uma festa. Pode ter ido à casa da Janet.
JANET - Por quê?
BRANDON - Talvez tenha decidido ir buscá-la.
JANET - Liguei para casa depois de falar com a mãe dele.